Sincronização de receptoras e doadoras

As receptoras (barrigas de aluguel) devem ser previamente preparadas para receber o embrião. O sincronismo deve ser feito oito ou nove dias antes da transferência. No dia da transferência, é feita a palpação do corpo lúteo. Uma vez que o corpo lúteo é detectado, é feita a anestesia peridural para tornar mais fácil a manipulação do aparelho reprodutor. O embrião é introduzido no corno uterino isolateral ao corpo lúteo.

A escolha das receptoras é uma parte importante de todo o processo, já que elas necessitam conceber e levar a gestação a termo. A receptora deve ter um porte compatível com a raça do embrião a ser transferido para garantir uma gestação normal e um parto livre de auxílio obstétrico, bem como ser capaz de produzir leite suficiente para amamentar e permitir que a cria desenvolva normalmente. Além disso, essas fêmeas devem ser mantidas em condição ambiental satisfatória para exercerem o efeito materno em toda sua plenitude e elevar a probabilidade de gerar produtos com maior vitalidade.

Banco de receptoras

Hospedagem de doadoras

Produção de embriões in vivo

A técnica de colheita de embriões, conhecida também como transferência de embriões (TE) visa maximizar a eficiência reprodutiva de uma doadora de alto valor genético por meio do aumento do número de descendentes durante o tempo de vida. Essa técnica envolve a superovulação da doadora, a inseminação, a coleta dos embriões e transferência ou congelamento destes.

A superovulação é um tratamento de estimulação do ovário utilizando os hormônios FSH e LH, que leva a múltipla maturação e ovulação de folículos, levando a liberação de mais de um oócito pelo ovário. Após a superovulação, a doadora entra no cio e é feita a inseminação artificial. O sêmen é descongelado e aplicado diretamente na doadora para fertilizar os oócitos. A inseminação feita no horário correto e com sêmen de boa qualidade leva a um maior número de oócitos fecundados.

Os oócitos ovulados e fecundados se tornam embriões que chegam ao útero por volta do quarto dia. A colheita dos embriões é feita no sétimo dia após a inseminação por meio de uma lavagem uterina associada a um filtro coletor, onde os embriões vão sendo retidos. Após a lavagem uterina, o conteúdo do filtro é depositado em placas e analisado sobre estereomicroscópio para seleção e classificação dos embrião. Os embriões podem ser envasados e transferidos a fresco, ou podem ser congelados em etileno glicol e armazenados em nitrogênio. Futuramente, quando forem transferidos, esses embriões podem ser descongelados em água e transferidos diretamente na receptora.

Aspiração Folicular

A aspiração folicular transvaginal ou OPU (ovum pick up) envolve a extração de oócitos bovinos da doadora que serão posteriormente utilizados na PIV. Vários fatores podem ter influência sobre a taxa de recuperação de oócitos aspirados bem como sobre a qualidade dos mesmos, como por exemplo, idade da doadora, seu estado corporal e ciclo estral, nutrição e raça desta. A doadora pode ser aspirada com um intervalo mínimo de 15 a 21 dias, sendo que a aspiração pode ser feita em animais de diferentes idades e em diferentes condições reprodutivas. Mesmo animais pré-púberes podem ser aspirados, isso gera um impacto na seleção genética ao reduzir o intervalo de gerações dos animais com uma característica desejável. Para a técnica de OPU não é necessário superovular a doadora, evitando assim uma alta carga de hormônios que podem vir a comprometer a parte reprodutiva do animal.

Produção de embriões in vitro (FIV)

A produção de embriões bovinos in vitro (FIV) envolve três etapas realizadas em laboratório: a maturação dos oócitos extraídos da doadora, a fertilização destes com o espermatozóide do touro desejado e por último o cultivo embrionário durante sete dias. Aliada a técnica de FIV, estão a aspiração folicular, a vitrificação e a transferência de embriões.

Dos oócitos aspirados pela OPU são selecionados apenas os viáveis e esses são armazenados em meio de maturação e transportados ao laboratório, onde serão armazenados em condições adequadas para completar o processo de maturação in vitro (MIV). Os oócitos maturados são fertilizados por espermatozóides no processo denominado fertilização in vitro (FIV).

Após a fertilização, os zigotos são transferidos para o cultivo in vitro (CIV) onde iniciam o desenvolvimento embrionário e permanecem até o sétimo dia, quando estão aptos para serem transferidos nas receptoras. Os embriões aptos são envasados em palhetas e transportados em temperatura adequada até a fazenda onde estão as receptoras.

Vitrificação (Congelação de embriões)

Os embriões aptos, de melhor qualidade, também podem ser vitrificados ao invés de envasados. A técnica da vitrificação é utilizada em casos que o número de receptoras é inferior ao número de embriões produzidos, ou caso o criador tenha interesse em fazer um grande estoque de embriões para serem transferidos em uma única época. A técnica consiste no congelamento ultra-rápido do embrião diretamente em nitrogênio. Para isso, o embrião precisa ser preparado em meios com diferentes concentrações de crioprotetores. Após congelado, o embrião é armazenado em nitrogênio. uturamente, quando for ser transferido, o embrião precisa ser descongelado em laboratório, passando por processos para retirada dos crioprotetores, podendo a partir de então, ser envasado e transferido.

Inovulação (implante de embriões)

Diagnóstico e Sexagem

O diagnóstico, para verificar se a receptora está prenhe ou não, é feito por meio da utilização de ultrassonografia. Esse método permite um diagnóstico mais precoce, em relação a palpação retal, mais preciso e passível de ser documentado. Com isso, é possível otimizar a eficiência reprodutiva por meio da identificação de animais vazios, que podem ser utilizados novamente no manejo reprodutivo. O embrião pode ser detectado, com mais segurança, a partir do 25º dia pós-transferência. O sexo do embrião pode ser detectado a partir dos 50 dias de gestação por meio da observação do tubérculo genital, escroto e glândulas mamárias.

Teste de Paternidade

Assistência técnica e controle sanitário geral

 

 

 

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